Lembro como se fosse ontem da primeira vez que vi uma planta chorão de verdade. Estava num parque em Gramado, e aquela árvore majestosa com os galhos caindo como uma cortina verde me deixou completamente hipnotizada. Parecia saída de um conto de fadas!
Voltei para casa decidida: queria uma chorão no meu jardim. Mas aí começaram as dúvidas. Será que cresce no meu clima? Precisa de muito espaço? É difícil de cuidar? Depois de muito pesquisar e conversar com pessoas experientes, descobri que essa árvore é mais acessível do que imaginava.
Se você também se apaixonou por essa beleza e está pensando em ter uma, vem comigo que vou te contar tudo que aprendi sobre o salgueiro-chorão. Spoiler: é mais simples do que parece!
O salgueiro-chorão (Salix babylonica) tem algo de mágico. Talvez sejam os galhos longos e flexíveis que dançam com o vento, ou aquela sombra gostosa e acolhedora que ele proporciona. A verdade é que essa árvore traz uma sensação de paz que poucas plantas conseguem.
Além da beleza óbvia, o chorão tem outras qualidades incríveis. Ele cresce rapidinho, é resistente e ainda ajuda a controlar a erosão do solo. Sem contar que atrai passarinhos, que adoram fazer ninhos entre os galhos pendentes.
O salgueiro-chorão é originário da China, mas se adaptou super bem ao nosso clima. Ele pode chegar aos 20 metros de altura e ter uma copa de 15 metros de diâmetro – ou seja, precisa de espaço! Mas calma, existem variedades menores que funcionam bem em jardins residenciais.
Uma característica interessante é que ele é uma árvore dioica, ou seja, existem plantas masculinas e femininas. As femininas produzem sementes pequenininhas com uma penugem branca que voa com o vento – um espetáculo à parte!
Primeira coisa: o salgueiro-chorão ama água! Se você tem um lago, rio ou até mesmo um local mais úmido no jardim, ele vai ser feliz lá. Mas não se preocupe se não tem água por perto – com rega adequada, ele cresce bem também.
O ideal é um local com bastante espaço, porque essa árvore precisa de área para “esparramar” sua beleza. Pense em pelo menos 8 metros de distância de muros, casas ou outras árvores grandes.
O salgueiro-chorão não é exigente com solo, mas prefere terra úmida e bem drenada. Faça um buraco de pelo menos 60cm de profundidade e largura, e misture a terra com adubo orgânico bem curtido.
Uma dica que recebi de um paisagista: adicione um pouco de areia grossa na mistura se o solo for muito argiloso. Isso ajuda na drenagem e evita que as raízes apodreçam.
Aqui está o ponto mais importante: o salgueiro-chorão precisa de água! Nos primeiros anos, regue abundantemente, principalmente no verão. Depois de estabelecido, ele consegue buscar água mais fundo, mas ainda assim aprecia regas regulares.
Minha dica: observe as folhas. Se começarem a amarelar ou murchar, é sinal de sede. Se ficarem amareladas demais, pode ser excesso de água.
O salgueiro-chorão tem uma beleza natural que não precisa de muito “retoque”. Faça podas leves apenas para remover galhos secos, doentes ou que estejam atrapalhando a passagem.
A melhor época para podar é no final do inverno, antes da brotação. E sempre use ferramentas limpas e afiadas para evitar doenças.
Uma vez por ano, no início da primavera, aplique adubo orgânico ao redor da base da árvore. Pode ser esterco curtido, húmus de minhoca ou composto orgânico. Isso já é suficiente para manter sua árvore nutrida.
O salgueiro-chorão é geralmente resistente, mas pode ser atacado por pulgões e lagartas. Se notar folhas enroladas ou furos, inspecione mais de perto.
Para pulgões, um jato de água forte já resolve na maioria dos casos. Para lagartas, você pode usar inseticidas naturais à base de nim ou bacillus thuringiensis.
O problema mais comum é o apodrecimento das raízes por excesso de água em solo mal drenado. Por isso, aquela dica da areia no plantio é tão importante.
Manchas nas folhas podem indicar fungos. Nesse caso, melhore a circulação de ar ao redor da árvore e evite molhar as folhas durante a rega.
O clássico Salix babylonica, perfeito para propriedades grandes. Cresce rápido e fica imponente, mas precisa de espaço.
Para jardins menores, existe o Salix babylonica ‘Tortuosa’ ou outras variedades compactas que mantêm a beleza em menor escala.
Uma variação linda com folhas amareladas que dão um toque especial ao jardim, principalmente no outono.
Uma das coisas mais legais do salgueiro-chorão é como é fácil fazer mudas. Corte um galho de uns 30cm, tire as folhas da parte de baixo e coloque na água. Em poucas semanas, você terá raízes!
Depois é só plantar em terra úmida e cuidar como uma muda normal. Minha vizinha fez isso e hoje tem três salgueiros lindos no sítio dela.
O salgueiro-chorão fica lindo sozinho como ponto focal do jardim, mas também combina bem com outras plantas. Ao redor da base, você pode plantar flores que gostam de sombra, como begônias ou impatiens.
Perto de água então, é espetacular! Se você tem uma piscina ou fonte, o salgueiro-chorão cria um ambiente quase zen.
Sabia que o salgueiro-chorão é conhecido como “árvore da melancolia” na literatura? Mas na vida real, ele traz é alegria e tranquilidade para quem convive com ele.
Outra curiosidade: da casca do salgueiro se extrai o ácido salicílico, precursor da aspirina. Nossos ancestrais já usavam chá da casca para dores!
Ter um salgueiro-chorão no jardim é como ter um pedacinho de poesia viva. Toda vez que o vento balança aqueles galhos, é impossível não parar e contemplar. É uma árvore que nos conecta com a natureza de um jeito muito especial, quase meditativo. E o melhor de tudo: uma vez estabelecido, ele vai te dar sombra e beleza por muitos e muitos anos!
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