Gente, preciso confessar uma coisa: eu demorei anos para entender por que minha vizinha espalhava palha seca pelo jardim. Achava que era preguiça de varrer, até o dia em que ela me explicou o segredo. Resultado? Meu jardim nunca mais foi o mesmo!
Usar cobertura morta (ou mulching, como os mais chiques falam) foi uma das descobertas que mais revolucionou minha jardinagem. É tipo descobrir que existia um botão mágico que resolve metade dos problemas do jardim, e você nunca soube.
Sabe aquela correria diária de regar as plantas porque a terra seca rapidinho? Ou aquele desespero com o mato que brota de tudo quanto é canto? Cobertura morta resolve isso e muito mais. E o melhor: usando coisas que você provavelmente ia jogar no lixo.
Simplificando: é qualquer material que você coloca sobre a terra, ao redor das plantas, para proteger o solo. Pode ser palha, folhas secas, casca de árvore, aparas de grama… A natureza faz isso sozinha – você já reparou como o chão da mata está sempre coberto de folhas?
A ideia é imitar esse processo natural no nosso jardim doméstico.
A cobertura cria uma barreira entre o solo e o ambiente externo. É como se fosse um cobertor para a terra – mantém a temperatura estável, conserva a umidade e ainda protege contra chuva forte e vento.
Esse foi o primeiro benefício que percebi. A terra fica úmida por muito mais tempo. No verão, quando eu regava dia sim, dia não, passei a regar só duas vezes por semana.
Minha conta de água agradeceu!
As coberturas impedem que sementes de plantas daninhas germinem. Aquelas ervinhas chatas que brotam entre as plantas diminuem drasticamente.
Com o tempo, a cobertura se decompõe e vira adubo natural. É como ter uma compostagem permanente acontecendo direto no jardim.
No verão, protege as raízes do calor excessivo. No inverno, funciona como isolante térmico. As plantas ficam mais confortáveis o ano todo.
É a mais tradicional e funciona em praticamente qualquer situação. Use palha de arroz, capim seco, ou até mesmo aquela grama que você cortou e deixou secar.
Onde conseguir: lojas de jardinagem, pessoal da zona rural, ou você mesmo pode fazer deixando grama cortada secar no sol.
Todo outono é festa! Colete folhas secas do quintal (ou peça para os vizinhos). Folhas de árvores frutíferas são especialmente boas.
Dica importante: só use folhas que não estejam doentes. Folhas com manchas ou sinais de pragas é melhor descartar.
Pedacinhos de casca de pinus ou eucalipto deixam o jardim com cara profissional. Duram bastante e ficam lindos, especialmente em jardins mais formais.
Cuidado: algumas cascas podem acidificar o solo. Teste primeiro em uma pequena área.
Depois de cortar a grama, não jogue fora! Deixe secar por alguns dias e use como cobertura. Rica em nitrogênio, é ótima para plantas que precisam de folhas verdes.
Para quem mora em apartamento e tem pouco acesso a materiais naturais. Coloque camadas de jornal (sem tinta colorida) e cubra com um pouco de terra. Funciona bem para vasos grandes.
Antes de colocar qualquer cobertura, certifique-se de que o solo está limpo. Retire ervas daninhas, regue bem e aplique adubo se necessário.
Para folhas secas: 5-8 cm de espessura Para palha: 8-10 cm Para casca: 5-7 cm Para aparas de grama: 3-5 cm (ela se compacta mais)
Deixe sempre um espaço de uns 5 cm ao redor do caule ou tronco das plantas. Cobertura encostada direto no caule pode causar fungos e apodrecimento.
Primavera: depois que o solo esquentar Verão: qualquer hora, especialmente antes dos dias mais quentes Outono: ótima época, antes dos primeiros frios Inverno: só se a região for muito fria
Palha e aparas de grama funcionam melhor. Se decompõem mais rápido e liberam nutrientes que as hortaliças adoram.
Uso muito folhas de bananeira picadas na minha horta. Além de proteger, quando apodrecem viram um adubo fantástico.
Casca de árvore ou folhas secas grandes. Crie um círculo generoso ao redor da árvore – pelo menos até onde a copa alcança.
Aqui você pode caprichar na estética. Casca de pinus, pedriscos coloridos, ou até mesmo coberturas sintéticas que imitam grama.
Folhas pequenas, musgo seco ou até mesmo pedrinhas decorativas. Em vasos, a função é mais estética, mas ainda ajuda com a retenção de umidade.
No começo, eu molhava a cobertura junto com as plantas. Erro! Cobertura muito úmida pode apodrecer e criar fungos. Regue por baixo, direto no solo.
Achei que quanto mais, melhor. Bobagem! Camada excessiva pode impedir que a água chegue às raízes e ainda criar problemas de drenagem.
Grama recém-cortada, folhas verdes… Fermentam muito rápido e podem queimar as plantas. Sempre deixe secar bem antes de usar.
Com o tempo, o material se decompõe (que é bom) mas precisa ser reposto. Faço isso a cada 3-4 meses, dependendo do material.
Folhas de bananeira + casca de coco + um pouco de palha. Perfeito para plantas tropicais e palmeiras.
50% aparas de grama seca + 30% folhas secas + 20% palha. Rica em nutrientes e protege bem.
Casca de pinus + algumas pedrinhas coloridas + musgo seco. Linda e funcional.
Ofereça-se para recolher folhas secas dos vizinhos no outono. Todo mundo fica feliz de se livrar das folhas, e você ganha material de graça.
Muitas cidades têm programas de compostagem e distribuem material orgânico de graça. Vale pesquisar.
Serragem e aparas de madeira são ótimas coberturas. Algumas serrarias doam o material.
No final do dia, muitos feirantes descartam folhas e palhas. Chegue educadamente e peça – normalmente eles dão de bom grado.
Solo sempre úmido: você vai notar que demora muito mais para a terra secar.
Menos ervas daninhas: aquele trabalho de capinar diminui drasticamente.
Plantas mais vigorosas: com o solo protegido e nutrido, as plantas respondem rapidinho.
Minhocas aparecem: sinal de que o solo está saudável e rico em matéria orgânica.
Depois que você dominar a cobertura morta, pode partir para coberturas vivas. São plantas baixinhas que cobrem o solo e protegem naturalmente.
Grama amendoim, por exemplo, é linda e funcional. Ou aquelas suculentas rasteiras que formam tapetes coloridos.
Uma das partes que mais amo na cobertura morta é o aspecto sustentável. Você reduz o lixo orgânico de casa, economiza água, diminui a necessidade de adubos químicos…
É jardinagem circular: nada se perde, tudo se transforma em benefício para as plantas.
Comecei usando cobertura por preguiça mesmo – queria regar menos e capinar menos. Mas acabei descobrindo um mundo de benefícios que nem imaginava. Hoje não consigo mais imaginar meu jardim sem esse “cobertor” protetor.
Se você nunca tentou, comece pequeno. Escolha uma área, aplique uma cobertura simples e observe os resultados. Tenho certeza de que, como eu, você vai se perguntar por que não fez isso antes!
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