Vocês não vão acreditar na descoberta que fiz com minha planta espirradeira! Tudo começou quando estava podando minha planta favorita – aquela linda espirradeira que fica na entrada de casa, cheia de flores rosas que são um espetáculo.
Cortei uns galhos que estavam muito grandes e, por preguiça mesmo, deixei eles num vaso com água “só por enquanto”. Três semanas depois, quando fui jogar fora, quase caí para trás: estavam cheios de raízes branquinhas e saudáveis!
Foi aí que descobri que cultivar espirradeira na água não só é possível, como super eficiente. E olha, depois de testar várias técnicas, posso garantir que é um dos métodos mais fáceis para propagar essa planta maravilhosa!
Antes de mais nada, vamos falar dessa belezura! A espirradeira, cujo nome científico é Nerium oleander, é uma planta que veio do Mediterrâneo mas se adaptou super bem aqui no Brasil. Ela também é conhecida por vários nomes: oleandro, flor-de-são-josé, loandro, loureiro-rosa – cada região tem seu jeitinho carinhoso de chamar!
A propagação é feita por enraizamento de estacas, mas descobri que a água oferece vantagens incríveis:
O segredo está na escolha da estaca! Uso galhos semi-lenhosos (nem muito verdes, nem muito duros) de uns 15 a 20 centímetros. Se deve retirar parcialmente as folhas da base desses ramos antes proceder com a técnica.
Sempre corto pela manhã, quando a planta está bem hidratada. Faço o corte em diagonal com uma tesoura bem afiada e limpa – isso evita esmagamento dos tecidos.
Depois de cortar, retiro as folhas da metade inferior do galho, deixando apenas as 4 ou 6 folhas do topo. Isso reduz a perda de água por transpiração e concentra a energia no desenvolvimento das raízes.
Uma dica que aprendi: deixo a estaca “descanscar” por umas 2 horas antes de colocar na água. Isso ajuda a cicatrizar o corte e evita apodrecimento.
Uso potes de vidro transparente – assim posso acompanhar todo o processo de enraizamento. O vidro é mais fácil de limpar e não acumula algas como o plástico.
O recipiente deve ser largo o suficiente para a estaca não ficar apertada, e alto o bastante para cobrir uns 5 centímetros do caule com água.
Uso sempre água filtrada ou deixo a da torneira descansar por 24 horas para evaporar o cloro. A espirradeira na água é sensível a produtos químicos, então água limpa é fundamental.
Coloco a estaca no recipiente de forma que apenas o terço inferior fique submerso. As folhas nunca podem tocar na água – isso causa apodrecimento na certa!
Deixo num local com luz indireta intensa. Uma janela que pega claridade o dia todo, mas sem sol direto, é perfeita. Sol demais desidrata a estaca antes dela criar raízes.
Aqui está um segredo importante: troco a água a cada 3 dias religiosamente! Água parada vira foco de bactérias, e a espirradeira não perdoa.
Quando troco, aproveito para enxaguar levemente as raízes que já se formaram. Elas ficam limpinhas e saudáveis!
Nos primeiros 7 dias, nada de muito emocionante acontece. A estaca só está se adaptando ao novo ambiente. É normal as folhas ficarem um pouquinho murchas.
É quando começam a aparecer pequenos calinhos brancos na base do corte. São as futuras raízes se formando! É a parte mais emocionante do processo.
As raízes começam a se desenvolver de verdade. Ficam branquinhas, grossinhas e saudáveis. É lindo de ver o crescimento dia após dia!
Com um mês, já tenho raízes de 5 a 8 centímetros, suficientes para plantar no substrato. Algumas estacas demoram mais, outras menos – cada uma tem seu tempo.
Em seguida, mergulhe a ponta em um enraizador antes de colocar na água. Não é obrigatório, mas acelera muito o processo! Uso uma pitadinha de canela em pó como enraizador natural.
A espirradeira na água gosta de temperatura morna e constante. Evito locais com mudanças bruscas de temperatura – isso estressa a planta.
Uma vez posicionada, deixo a estaca quietinha. Ficar mexendo atrapalha a formação das raízes. Só manipulo na hora de trocar a água.
Galhos mais duros demoram mais para enraizar, mas quando pegam, criam raízes mais resistentes. Já tive estaca que levou 6 semanas, mas valeu a pena!
Se a água turvou rapidamente, pode ser excesso de matéria orgânica na estaca. Limpo bem o corte, troco a água e adiciono uma gota de água sanitária (bem diluída).
Normal nas primeiras semanas! A planta está redirecionando energia para criar raízes. Só me preocupo se mais da metade das folhas amarelar.
Acontece quando uso água clorada ou troco pouco. Corto a parte podre, deixo secar algumas horas e recomece o processo.
Pode ser falta de luz ou temperatura baixa. Mudo para local mais claro e morno, sempre sem sol direto.
Espero as raízes atingirem pelo menos 5 centímetros antes de transplantar. Raízes muito pequenas não sustentam a planta no substrato.
Uso um substrato bem drenante: terra vegetal misturada com areia grossa e um pouco de húmus. Evite plantar a espirradeira em locais onde a água possa se acumular, pois isso pode favorecer o desenvolvimento de doenças.
Nos primeiros dias após o transplante, mantenho a terra bem úmida (mas não encharcada) para facilitar a adaptação. É um período delicado!
Deixo no mesmo local onde estava enraizando por mais uma semana. Só depois mudo para o local definitivo. Mudanças bruscas podem estressar a muda nova.
A mais comum e que melhor responde ao enraizamento na água. Sempre tenho sucesso com essa variedade!
Um pouco mais demorada para enraizar, mas igualmente eficiente. As flores brancas são lindíssimas!
Essa variedade com flores dobradas é mais caprichosa, mas seguindo direitinho o processo, também funciona bem.
⚠️ ATENÇÃO IMPORTANTE: A espirradeira é tóxica! Sempre uso luvas ao manusear e mantenho longe de crianças e pets. Nunca deixo crianças brincarem perto da água onde estão as estacas.
Sempre lavo bem as mãos depois de mexer com a planta. Uso utensílios separados só para ela e nunca reutilizo a água para outras plantas.
Hoje tenho mais de 90% de sucesso no enraizamento de espirradeira na água! Bem melhor que quando tentava direto no substrato.
Mudas que vieram de enraizamento na água parecem mais resistentes e saudáveis. Talvez porque as raízes se desenvolvem sem estresse.
A transição da água para o substrato acontece sem traumas. As plantas se adaptam rapidinho ao novo ambiente.
Sabe o que mais me emociona nesse processo? É ver a natureza em ação! Cada dia que observo as raízes crescendo na água transparente, fico impressionada com a força de vida da planta.
E tem uma coisa linda: cada estaca tem seu próprio ritmo. Algumas são apressadinhas e criam raízes rapidinho, outras são mais cautelosas e demoram mais. É como se tivessem personalidades diferentes!
Uma descoberta recente: estacas coletadas em lua crescente parecem enraizar mais rápido. Pode ser coincidência, mas agora sempre faço as coletas nessa fase lunar.
Outro dia, minha vizinha me viu trocando a água das estacas e perguntou se eu estava “fazendo experimento científico”. Expliquei o processo todo e ela ficou fascinada! Agora também está propagando suas plantas na água.
Uma coisa que me orgulha: já presenteei mais de 20 pessoas com mudas de espirradeira na água que enraizei. Ver elas florescendo nos jardins dos outros é uma alegria indescritível!
E sabe o que descobri? Plantas que a gente propaga com as próprias mãos têm um valor sentimental especial. Cada vez que passo pelas mudas que distribui pelo bairro, sinto um carinho danado.
Hoje tenho um verdadeiro “laboratório” de enraizamento na área de serviço. Sempre tem alguns potes com estacas em diferentes estágios. Virou um hobby viciante – e ainda por cima ecológico!
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