Semana passada estava navegando no Pinterest procurando inspiração para o meu cantinho verde quando me deparei com uma foto de tirar o fôlego: uma sala toda Instagram com aquela planta de folhas gigantes e recortadas roubando a cena. Corri para os comentários para descobrir o nome e lá estava: “costela de Adão”.
Fiquei tão empolgada que no outro dia já estava na floricultura procurando uma. A vendedora, toda sorridente, me entregou uma mudinha linda e disse: “Essa vai deixar sua casa um charme!”. O que ela não me contou? Os segredos meio sombrios que essa belezinha esconde por trás de toda essa elegância.
Depois de quase um ano convivendo com a minha, descobri umas verdades que mudaram completamente minha relação com ela. E olha, não é para assustar ninguém, mas tem umas coisas que todo mundo deveria saber antes de se apaixonar por essa planta.
A costela de Adão, ou Monstera deliciosa para os íntimos, é aquela planta que virou febre nas redes sociais. Sabe aquelas folhas enormes com furos que parecem arte moderna? É ela mesma!
Originária das florestas tropicais do México, essa danada conquistou o mundo inteiro. E não é para menos – ela tem uma presença que transforma qualquer ambiente. É como ter uma obra de arte viva na sua sala.
O nome popular vem do formato das folhas maduras, que lembram uma costela mesmo. Mas ela também é conhecida como imbé, banana-do-brejo, ou simplesmente “aquela planta do Instagram” para quem ainda não decorou o nome científico.
Uma curiosidade que me deixou boba: na natureza, ela pode chegar a 20 metros de altura! Imagina uma trepadeira dessa subindo por uma árvore gigante na floresta. Aqui em casa, claro, ela fica bem mais comportada, mas mesmo assim já passou do metro e meio.
Ah, essas perfurações nas folhas! No começo eu achava que era algum inseto comendo minha planta. Que susto desnecessário, né? Na verdade, esses furos são naturais e têm até nome chique: fenestração.
As folhas jovens nascem inteirinhas, como pequenos corações verdes. Conforme crescem, começam a aparecer os primeiros furinhos, depois os recortes nas bordas. É um processo lindo de acompanhar, tipo um slow motion da natureza.
Existe até uma teoria de que esses furos servem para a planta resistir melhor aos ventos fortes da floresta. Meio como aquelas telas furadas que usam em construção, sabe? A natureza é mesmo engenhosa.
E tem mais: quanto mais madura e bem cuidada a planta, mais recortadas ficam as folhas. É como se ela fosse ficando mais sofisticada com a idade.
Aqui vem a parte que me deixou meio bolada quando descobri. A costela de Adão é tóxica. E não é pouco, não – todas as partes da planta contêm substâncias que podem causar sérios problemas se ingeridas.
Lembro que quando soube disso, fiquei pensando em todas as vezes que mexi nela sem luvas, limpei as folhas com as mãos, e principalmente no meu gato Frajola, que tem o péssimo hábito de mastigar qualquer verdinho que encontra pela frente.
Os cristais de oxalato de cálcio presentes na planta podem causar:
Imagina só: você compra uma planta pensando em beleza e bem-estar, e ela pode ser um perigo silencioso na sua casa. Por isso que sempre falo – informação nunca é demais quando se trata de plantas.
O interessante é que a toxicidade da costela de Adão é um mecanismo de defesa natural. Na floresta, isso a protege de ser devorada por animais. Aqui em casa, vira um problema que precisa de atenção.
O pior é que a seiva leitosa que escorre quando você corta ou machuca a planta é especialmente concentrada. Uma vez cortei um galho para fazer uma muda e acabei passando a mão no rosto sem perceber. Resultado: coceira e vermelhidão que duraram horas.
Por isso agora sempre uso luvas quando preciso mexer com ela. E mantenho longe do alcance de crianças pequenas e animais curiosos – porque convenhamos, quem nunca viu um gatinho mastigando uma folha de planta?
Não precisa ter medo da sua costela de Adão, mas é fundamental tomar alguns cuidados básicos. Primeiro: localização estratégica. A minha fica num canto alto da sala, onde as crianças não alcançam e meus pets não têm acesso.
Ela gosta de luz indireta brilhante – sabe aquele spot perto da janela mas sem sol direto? Perfeito. Se receber sol demais, as folhas ficam amareladas. Se ficar muito no escuro, ela para de crescer e não desenvolve os furos famosos.
Aprendi da pior forma que ela não gosta de solo encharcado. Rego apenas quando os primeiros centímetros da terra estão secos. No verão, geralmente duas vezes por semana. No inverno, às vezes fico uma semana inteira sem regar.
Por ser tropical, ela curte um ambiente úmido. Coloco uma bandejinha com pedrinhas e água embaixo do vaso. Às vezes borrizo água nas folhas de manhã cedo, mas sem exagerar para não virar criadouro de fungos.
Se você quer fazer mudas da sua costela de Adão, o processo é simples: corte um pedaço do caule que tenha pelo menos um nó (aqueles pontinhos de onde saem as raízes aéreas) e coloque na água até criar raízes.
Só lembre de usar luvas na hora do corte e mantenha as mudas em local seguro durante o processo. E quando for presentear alguém com uma muda, conte sobre a toxicidade – é um ato de carinho e responsabilidade.
Com o tempo você aprende a “ler” sua planta. Folhas amareladas geralmente significam excesso de água. Folhas marrons nas pontas podem indicar baixa umidade ou agua com muito cloro. Se ela parar de crescer completamente, pode estar precisando de mais luz ou nutrientes.
Uma coisa que notei: quando ela está estressada, as folhas novas demoram mais para desenvolver os furos característicos. É como se ela guardasse energia para questões mais básicas de sobrevivência.
Hoje, depois de mais de um ano com minha costela de Adão, posso dizer que ela vale cada cuidado extra. É uma planta que realmente transforma o ambiente, traz aquele toque tropical sofisticado que todo mundo comenta.
Só mudei minha abordagem: agora sou mais consciente sobre onde ela fica, sempre uso equipamento de proteção quando preciso mexer com ela, e principalmente – sempre aviso visitas com crianças pequenas ou pets sobre os cuidados necessários.
A beleza dela continua me encantando todos os dias, principalmente quando vejo uma folha nova se desenrolando com aqueles furinhos perfeitos se formando. Só que agora sei que essa beleza toda vem com responsabilidade. E olha, no final das contas, isso não tira nada do charme dela – só torna nossa convivência mais segura e consciente.
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